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Razões políticas da agressão desleal e covarde a Neymar




Meu querido amigo Joziel Robusto da Silva

Ontem assisti com o coração nas mãos o jogo entre nossa Seleção e a da Colômbia. Certamente esse foi o sentimento de nossos dois povos ao verem seus times se enfrentar em campo aqui no Brasil.

Mas me senti muito mal ao ver nosso Neymar ser atacado covardemente por trás pelo jogador colombiano Zuñiga. 

Esse ataque brutal contêm várias coordenadas. Uma a que move o ser de Zuñiga. Talvez eu seja ingênua ao pensar que os mais historicamente oprimidos deveriam ser os mais generosos e justos com o ser humano. O jogador colombiano é negro, portanto, herdeiro dos escravos e carrega em suas células as marcas das chibatas dos opressores latino americanos.

Sua atitude no jogo deveria ser a de um militante da redenção e da paz. Deveria ser a de, através do esporte, buscar ganhar sim, esse é seu direito, mas, antes de tudo, buscar construir os caminhos da paz latino americana na solidificação da justiça, que seu País e o nosso lutam por consolidar. Deveria abraçar seus irmãos e com eles fazer a festa sempre vitoriosa para todos nós, vencedora a Seleção Brasileira ou a Colombiana. 

Mas não. O que se viu? Presenciamos em rede mundial de TV um agressor de outro irmão, de outro da Grande Pátria Irmã, como pensava Simon Bolívar. Nas entrevistas posteriores foi cínico e simulado ao afirmar que respeita o grande  atleta Neymar. Seu cinismo é explicitamente negado pelas imagens que testemunham que fez tudo de propósito, tentando produzir danos muito mais graves.

Isso mostra o quanto a falta de consciência social e política fazem mal à humanidade. Quando negros traem seus irmãos, traem a liberdade e os seus antepassados, que tanto gemeram sob as chicotadas dos capitães do mato, enfraquecem-se as lutas pela liberdade de todos. E assim por diante. 

Outra coordenada é a omissão do juiz Carlos Velazco Carballo  – aliás, um péssimo juiz, um fracasso – e da FIFA. O primeiro não expulsou do jogo o agressor e traidor desleal, mesmo vendo Neymar sair carregado aos prantos numa maca, que parecia um esquife. A FIFA até agora não se manifestou diante de tamanha agressão, em atitude muito mais grave do que aconteceu com as mordidas dadas em Chiellini pelo jogador uruguaio Luis Suárez, punido de modo excessivo pela FIFA . 

Minha formação filosófica me deu a percepção desde cedo de que todos os atos humanos são políticos, mesmo os que sejam assim negados ou inconscientes. Por serem políticos nossos atos invariavelmente beneficiam um dos lados das duas classes, a dominada ou dominante.

A agressão de Zuñiga deu-se no final do segundo tempo, depois de configurada a derrota da Colômbia, e sem bola, pegando nosso Neymar pelas costas, muito covardemente, não custa repetir. 

Aqui é possível levantar algumas conjeturas sobre esse evento criminoso: seria Zuñiga o coiceiro visível de alguma força oculta que lhe pagou para fazer uma barbaridade dessas? Essa força oculta teria a intenção de prejudicar o Brasil tanto esportiva quanto politicamente? Se isso aconteceu contou com o apoio da FIFA e do juiz, tão tolerante com as faltas contra nossa Seleção, com a intenção de tumultuar o ambiente social brasileiro para favorecer a campanha eleitoral da direita, o lado dominante e cruel nesta sociedade?

Não se tem as respostas dentro do campo onde vitimizaram Neymar, mas temos o contexto pleno de razões para todo o tipo de investidas para prejudicar a participação da Seleção Brasileira. Os protagonistas do caos, sob o comando da mídia colonizada, do Instituto Mellenium, que distribuiu milhares de convites para que brancos manipulados ofendessem a Presidenta Dilma no Estádio Itaquerão no dia 12 de junho, da Opus Dei, da TFP, de certas maçonarias, de partidos historicamente de direita e até fascistas pressionam pela derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, com o objetivo de facilitar sua chegada no poder da República para realizar as desgraças que praticou antes quando governou o Brasil. Portanto, olhando de fora para dentro do campo, o coice estúpido contra Neymar tem motivos e acelerador para acontecer. Manifestações nas redes sociais após a tragédia indicam que há pessoas muito runis e de compromissos espúrios que torcem pelo pior e que lamentam que só tenha acontecido essa fratura com o craque brasileiro. O tome é de terrorismo mesmo. Impressionante!

Não me encontro sozinho nessas cogitações. O respeitado jornalista Paulo Moreira Leite avalia o contexto feito pântano pela direita, sempre disponível para golpes para tumultuar a felicidade esportiva gerada pela Copa do Mundo (clique aqui para ler seu artigo).

Abraços críticos e fraterno na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.



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