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Debates inúteis e improdutivos sobre os caminhos do Brasil





Querida colega Prof. Karina Cunha

Honestamente, em primeiro plano, elogio-a por dispor-se a debater o Brasil nesta oportunidade da campanha eleitoral nos estados e federativamente. É isso mesmo, colega, temos que nos jogar em campo, mesmo equivocadamente e que nossa falta de conteúdo por falta de prática e de luta e por falta de conhecimento político nos induza a erros de avaliação.

Penso, porém, que devemos debater com respeito e movidos por profunda humildade, seja qual for o campo ideológico que nos inspire.

Uma das cautelas que deveria moldar nosso debate, principalmente a nós formadores de opinião, intelectuais que lidamos com centenas de alunos, é o de não nos conduzirmos pelo que a mídia dominante, como as revistas de baixo padrão ético e político Veja,  Época, Isto É e os jornais como a Folha de São Paulo, o Estado de São Paulo, O Popular, Zero Hora, as TVs da Rede Globo, Bandeirantes, SBT e outras, verdadeiras barricadas que funcionam como partido de direita nos bastidores políticos nacionais e internacionais. Vale a pena estudar a triste missão desse sistema mediático na história, sempre a serviço de golpes e banditismos no assassinato da democracia e do desenvolvimento com justiça social.  

Creio que deveríamos evitar os banners ofensivos que jorram aos borbotões pela internet. Além dos tremendos erros de linguagem que encerram, são fúteis, agressivos, desrespeitosos e mentirosos. Por exemplo, a colega entrou nesse debate - espero que continue e o aprofunde - a partir de um banner rasteiro e criminoso por conter acusação velada à Presidenta Dilma. Diz o banner: “Eu não confio na Dilma. Concorda? Compartilhe”. Note os erros de concordância: concorda (segunda pessoa do singular) e compartilhe (terceira pessoa), contraditório com a colega que leciona, e muito bem, português na mesma instituição onde ambos trabalhamos. O fato de não confiar, como induz o cartaz rasteiro,  denota que a Presidenta tem algo que a desmerece. A frase dá a ideia de calúnia sem prova e sem argumento, como acontece muito e irresponsavelmente nas redes sociais, inclusive por parte de religiosos, como denuncio incansavelmente aqui. Ora, penso que educadores e religiosos não deveríamos nos conduzir dessa forma, tão rasteiramente como o faz a direita, afeita ao que há de pior, como testemunha a história.

Outro caminho perigoso e inútil, nada próprio a cidadãos e cidadãs de bem como a senhora e eu, é a das falas e escritos em termos de argumentos que não se sustentam por falta de conhecimento e de informação. Nesse sentido a colega erra ao postar em sua página no Facebook um comentário de conteúdo veiculado todos os dias pela mídia urubu, pessimista e mentirosa, sempre atacando a Presidenta Dilma e, antes, o Presidente Lula, com “notícias” falsas com o objetivo de induzir o eleitorado, sem falar que o banner que a colega usa é de um movimento de direita do PSDB e do DEM, denominado “#Muda Brasil #democratas”, que produz propagandas com a falsa ideia de mudanças, sem dizer para onde, com quem nem para quem, de forma clandestina e traiçoeira. Pior, o parágrafo que encima o banner é vergonhoso pelo caráter mentiroso que o inspira. É esse: “Inflação no teto, PIB caindo, escândalos envolvendo a Petrobras, contas públicas deterioradas. Apenas para citar alguns do (sic) problemas que o governo do PT joga pra debaixo do tapete. Não dá para confiar no governo da Dilma.” 

O cartaz encimado pelo parágrafo não é honesto ao ponto de identificar os autores. Apenas indica contra quem, bem ao estilo calunioso e anônimo. Não temos democracia para debatermos ideias? Não temos liberdade de opinião? Temos, não é? Por que, então, que quem veicula essas mentiras não se identifica?

Inflação no teto? Os autores do movimento “Muda Brasil” gostariam que a inflação chegasse ao ponto a que chegou no governo do ex Presidente Fernando Henrique Cardoso, totalmente acima do teto? Escândalos na Petrobras? Quais? Os que a mídia divulga? Contas públicas deterioradas? Quais? Os investimentos com a Bolsa Família, que os direitistas chamam de Bolsa Esmola? Os investimentos sociais, que o senador Aécio disse que cortaria todos se eleger-se? Quais os problemas que o governo joga para debaixo do tapete? Por que o banner irresponsável não os identifica, prova e denuncia qualificadamente? E o nome Dilma no banner, sinalizando ódio, desrespeito e falta de decoro com a instituição Presidência da República?

Não há dúvidas de que devemos exercer o direito cidadão à crítica, mas crítica responsável e séria, como cabe a intelectuais categorizados, como o é a colega. Esta sua frase escrita na interlocução com pessoas que reagem à sua postagem é vazia e sem o sentido da colaboração no debate: “Precisamos de novidade. Temos que sair da mesmice. Também não sei se Aécio é uma opção. É preciso pensar bastante, mas Dilma de novo não."

Precisamos de novidade? Como assim? Que seriedade há nessa afirmação? A amiga sabe que o senador Aécio se coloca como o novo da mesma maneira  Marconi Perillo se postou como o novo em relação a Iris Rezende nas eleições anteriores ao Governo de Goiás, induzindo os eleitores a confundir idade com novidade. Sabemos no que deu e seu “encachoeiramento”. A senhora imagina que basta mudar de Presidente para contarmos com novidade? A senhora acredita que o que a Globo diz sobre o governo da Presidenta Dilma o faz velho? A senhora imagina que o critério rotatividade de pessoas no poder representa novidade?

Ou a senhora avalia que a corrente representada pelo Senador Aécio Neves, que já esteve no poder, representa novidade? É novidade para a senhora essa corrente submeter os interesses do Brasil aos dos Estados Unidos e aos do Mercado Comum Europeu, ambos falidos e terroristas? É novidade para a senhora a volta das privatizações, agora com o pré-sal para entregar, além do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e da Petrobrás que os novidadeiros não conseguiram rifar quando no poder? Para a senhora seria novidade o esvaziamento dos investimentos sociais geradores de pobreza e de miseráveis, quase a atual metade da população nacional, como aconteceu com os governos anteriores?  Para satisfazer sua ânsia de novidade seria bom o Brasil quebrar elevando a taxa de desemprego a 20 ou 30% como nos Países europeus e nos Estados Unidos, em descalabro decadente, quando aqui no Brasil o desemprego e a miséria caem cada vez mais? 

Querida Porfª Karina, é triste lermos barbaridades e baixarias nas redes sociais e nos comentários sob os artigos e matérias de sites sérios, inclusive com ameaças à honra e a vida de pessoas, como ocorre aqui neste blog. Tal comportamento não contribui em nada para ajudarmos o Brasil a avançar. Também não ajudam os comentários vazios, sem base analítica séria e sem propostas. 

Espero sua participação qualificada neste debate. Aguardo que seus argumentos sejam tão fortes e competentes para me ajudar a ver melhor, mas sem preconceito, sem adesismo e sem sermos ovelhas arrastadas por esta mídia criminosa e golpista. O Brasil merece e precisa do respeito de seus cidadãos. 

Entrei agora no debate, querida colega Karina. Minha próxima postagem será sobre o Senador Aécio Neves. Como diz o povo, pegarei pesado, mas com nada que não seja sério e provável. Depois me referirei criticamente ao governo e à candidatura da Presidenta Dilma, com críticas inclusive, mas com respeito à investidura de seu cargo como Presidenta da República. 

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.

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